terça-feira, 22 de junho de 2010

Consumidor das classes C e D responderá por 87,5% das vendas de computador em 2010

A presença maior das classes C e D no mercado de consumo brasileiro já é uma realidade. Depois de passar a comprar, há alguns anos, alimentos antes proibitivos, começaram também a consumir mais roupas e bens duráveis. Chegou a vez dos computadores.

Se antes cada família dava prioridade a ter uma televisão em casa - ainda que itens que pareceriam mais importantes, como uma geladeira, ficassem de lado - hoje o computador tomou esse lugar. Ao contrário de famílias mais abastadas, onde cada membro pode ter seu próprio PC, nesses casos o computador é de uso familiar. Assim, as compras costumam ser feitas por todos os membros da casa, e o equipamento também é equipado para atender aos usos diferentes que cada um deles lhe dará.

Pode-se dizer que, em 2010, de cada 10 PCs vendidos no Brasil, 9 foram ou serão adquiridos pelas classes emergentes. Membros da classe D, cuja renda familiar varia de uma três salários mínimos, serão responsáveis por 30% das vendas. Os da classe C, cuja renda da família vai de três a dez salários mínimos, ficarão com 57,5% do mercado.

Há outros itens que também estão entrando na cestinha de compra desses consumidores. Em especial, câmeras fotográficas e telefones celulares. Mas engana-se quem acha que os membros das classes C e D interessam-se por produtos básicos. Como no caso dos computadores, querem equipamentos com o que se chama de funcionalidades. No caso das câmeras, que identifiquem sorrisos e ba-tam a foto no momento, ou que tenham alta resolução. No caso dos celulares, smartphones . Como diz o diretor de serviços a clientes e novos negócios da empresa de pesquisa de mercado GfK, Antonio Perrella, "não importa o valor final da compra. Para essas pessoas, a parcela (da venda a prazo) tem que caber no bolso".

Nenhum comentário:

Postar um comentário