quarta-feira, 2 de junho de 2010

Trabalhadores aprovam agenda unificada para ampliar conquistas obtidas com Lula


Mais de 22 mil trabalhadores mobilizados pelas cinco maiores centrais sindicais brasileira aprovaram ontem (1), em São Paulo, uma agenda unificada de reivindicações ao próximo governo. O documento será entregue aos pré-candidatos à Presidência da República.

Composta por 249 itens, a Agenda da Classe Trabalhadora será apresentada aos três principais pré-candidatos à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) -, mas os líderes das centrais reafirmaram que estarão em campanha, neste ano, contra o retorno do PSDB e do DEM (ex-PFL) ao comando do governo.

“Nosso maior desafio é não permitir o retrocesso, a volta daqueles que implementaram as políticas neoliberais na década de noventa”, discursou o presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique.

“Vamos querer continuar avançando ou voltar a um passado de desemprego e desesperança?”, perguntou ao público o líder metalúrgico Miguel Eduardo Torres, que defendeu a continuidade do projeto do Governo Lula.

No manifesto que abre a Agenda da Classe Trabalhadora, as centrais declaram que “a eleição de outubro, marcada pela disputa entre distintos projetos políticos, é uma singular oportunidade para selarmos compromissos com o avanço das transformações necessárias à construção de um país igualitário e democrático. Por isso é fundamental elegermos candidatos comprometidos com as bandeiras da classe trabalhadora”.

Em debate desde janeiro, a agenda unificada das centrais sindicais está dividida em seis eixos considerados estratégicos: crescimento econômico com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno; valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social; valorização do papel do Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental; democracia com efetiva participação popular; soberania e integração internacional e garantia dos direitos sindicais e das negociações coletivas.

Os eixos incluem tópicos como a redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas; o estabelecimento de limites às grandes propriedades rurais; a atualização dos índices de produtividade; a universalização do ensino público e dos serviços de saúde; o aumento do salário mínimo; reformas agrária, tributária e política; fim das terceirizações e do fator previdenciário, entre outros pontos.

Além de exaltarem a construção da agenda unificada, os líderes sindicais comemoraram a realização da assembleia nacional – sem precedentes em quase três décadas.

“Se isso aqui acontecesse em 90, nós ainda estaríamos brigando contra o governo para impedir as privatizações”, observou Antonio Neto, presidente da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil.

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