Do Portal PT
Mais de 22 mil trabalhadores mobilizados pelas cinco maiores centrais sindicais brasileira aprovaram ontem (1), em São Paulo, uma agenda unificada de reivindicações ao próximo governo. O documento será entregue aos pré-candidatos à Presidência da República.
Composta por 249 itens, a Agenda da Classe Trabalhadora será apresentada aos três principais pré-candidatos à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) -, mas os líderes das centrais reafirmaram que estarão em campanha, neste ano, contra o retorno do PSDB e do DEM (ex-PFL) ao comando do governo.
“Nosso maior desafio é não permitir o retrocesso, a volta daqueles que implementaram as políticas neoliberais na década de noventa”, discursou o presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique.
“Vamos querer continuar avançando ou voltar a um passado de desemprego e desesperança?”, perguntou ao público o líder metalúrgico Miguel Eduardo Torres, que defendeu a continuidade do projeto do Governo Lula.
No manifesto que abre a Agenda da Classe Trabalhadora, as centrais declaram que “a eleição de outubro, marcada pela disputa entre distintos projetos políticos, é uma singular oportunidade para selarmos compromissos com o avanço das transformações necessárias à construção de um país igualitário e democrático. Por isso é fundamental elegermos candidatos comprometidos com as bandeiras da classe trabalhadora”.
Em debate desde janeiro, a agenda unificada das centrais sindicais está dividida em seis eixos considerados estratégicos: crescimento econômico com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno; valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social; valorização do papel do Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental; democracia com efetiva participação popular; soberania e integração internacional e garantia dos direitos sindicais e das negociações coletivas.
Os eixos incluem tópicos como a redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas; o estabelecimento de limites às grandes propriedades rurais; a atualização dos índices de produtividade; a universalização do ensino público e dos serviços de saúde; o aumento do salário mínimo; reformas agrária, tributária e política; fim das terceirizações e do fator previdenciário, entre outros pontos.
Além de exaltarem a construção da agenda unificada, os líderes sindicais comemoraram a realização da assembleia nacional – sem precedentes em quase três décadas.
“Se isso aqui acontecesse em 90, nós ainda estaríamos brigando contra o governo para impedir as privatizações”, observou Antonio Neto, presidente da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil.
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